segunda-feira, março 21, 2005

Lendas - Lenda da Pedra Mágica

Uma lenda de Amor já que estamos na Primavera...


Em tempos recuados, existia, na região de Braga, uma casa que pertencia a um velho fidalgo que tinha uma lindíssima filha chamada Bárbara. Perto dessa casa vivia um outro fidalgo, irmão do primeiro, que tinha um filho chamado Ricila.

Os criados que viram nascer Ricila diziam que, ao nascer, este tinha recebido de um velho que vinha do Oriente, uma estranha e bela pedra preciosa, encastoada num anel, a que atribuíam poderes mágicos.

Ricila fez-se homem. Era belo, rico e conseguia tudo o que ambicionava. A tal pedra não o dotara apenas de qualidades físicas, era também valente, bom e encantava quem conversasse com ele. Ricila estava apaixonado pela sua prima.

Bárbara e Ricila passeavam bastante pelo campo, mas sempre acompanhados por duas damas de companhia da jovem fidalga. Uma tarde, depois de cavalgarem durante uma hora, resolveram descansar à sombra de uma árvore. Bárbara disse que, por mais que se sentissem felizes, não se deviam orgulhar da sua felicidade e atribui-la a eles próprios. Ricila mostrou a jóia rara dizendo que não era a ele que atribuía a sua felicidade, mas sim à pedra mágica. Preocupada, Bárbara perguntou-lhe se não tinha medo de a perder ao que o primo respondeu que se não a tinha perdido enquanto menino irrequieto, não era agora, já homem, que a iria perder.

Quando ia montar, para voltarem a casa, a jovem escorregou. O primo apressou-se a ajudá-la, mas, mesmo assim, Bárbara ficou magoada. Já em casa reparou que Ricila não tinha a sua pedra mágica. Rapidamente voltou ao bosque, mas não encontrou o anel. Os dias foram passando, mas, apesar da recompensa oferecida, o anel não aparecia. Enquanto isso, Bárbara adoeceu. Uma noite, já quase madrugada, a jovem perde os sentidos, assim ficando durante três dias. Todos a julgam morta. Ao despedir-se da sua amada, Ricila afirma que foi a perda da pedra que os separou, mas que, em breve, se juntaria a ela. Quando terminou de dizer estas palavras caiu desamparado no chão. A dor matara-o.

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