Sobre o dilema do catano

Qual S. Tomé, lá fui eu, ver para crer.

Convém dizer-vos que antes, o Robin ligou para lá e perguntou, mais uma vez se não era mais uma daquelas tretas dos timesharings. Voltaram, tal como o tinham feito a mim, a assegurar que não. Que se tratava de um prémio e que não haveriam contrapartidas. O Robin foi avisando que vissem bem o que estavam a fazer porque caso fosse um logro iriam ter chatices...

Chegamos lá por volta das 19.30 horas. Na recepção estava uma senhora de meia-idade, daquelas que acendem o próximo cigarro com o último que acabaram de fumar que nos perguntou com quem iamos falar. Respondemos e ela perguntou em que nome havia ficado a reserva. Respondemos e nessa altura senti um certo desconforto na mulher. Apressadamente disse que aguardassemos que ia lá dentro buscar a oferta. O lá dentro, era uma pequena sala com duas ou três secretárias onde estavam várias pessoas a serem "atendidas". Estranhei o facto de não nos mandarem entrar. Não demorou e minutos a regressar, e mais uma vez apressadamente, dirigiu-se a nós entregando-nos a "oferta" dizendo-nos que a lêssemos com atenção e que seguissemos as indicações que lá constavam.

- É só? - perguntei eu.
- É - respondeu ela

Diálogo encerrado.

Saímos. Olhamos um para o outro e pensamos em simultâneo. Aquele telefonema que o Robin havia feito uma hora antes...os tipos devem ter pensado que iam mesmo ter chatices e despacharam-nos com uma grande pintarola. Começamos a ler umas linhas daquela coisa que nos tinham dado e ficamos a saber que.

- Viagem? Nickles! Só falam em estadia, em hotel, que não dizem aonde é. Como um dos destinos era o Rio do Janeiro, pode muito bem ser em alguma favela...
- Há uma taxa de reserva a pagar já e que não é sequer reembolsável de cerca de 25 €.
- Nada de datas como férias de Verão, Passagem de Ano ou Páscoa.

E não li mais nada.

O Robin, voltou para trás, mandou chamar o tipo com quem tinha falado.

Não estava...

Como numa senhora não se bate...restou-nos rasgar simplesmente aquela merda na cara da mulher que nos tinha atendido.

Lição aprendida!