O Soneto de Uma Vida...
Um dia, ja la vao alguns anos, deram-me um soneto.
Vinha numa daquelas folhas decoradas com flores coloridas e perfumadas.
Ainda hoje o guardo, naquela folha, mais perfumada que nunca e onde aquelas flores coloridas permanecem viçosas porque foram regadas de carinho, todos os dias, e de afectos, por todos estes anos...
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vive-lo em cada vao momento
E em seu louvor hei-de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angustia de quem vive
Quem sabe a solidao, fim de quem ama
Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que nao seja imortal, posto que e chama
Mas que seja infinito enquanto dure
"Soneto da Fidelidade - Vinicius de Moraes"
Vinha numa daquelas folhas decoradas com flores coloridas e perfumadas.
Ainda hoje o guardo, naquela folha, mais perfumada que nunca e onde aquelas flores coloridas permanecem viçosas porque foram regadas de carinho, todos os dias, e de afectos, por todos estes anos...
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vive-lo em cada vao momento
E em seu louvor hei-de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angustia de quem vive
Quem sabe a solidao, fim de quem ama
Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que nao seja imortal, posto que e chama
Mas que seja infinito enquanto dure
"Soneto da Fidelidade - Vinicius de Moraes"
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