Foi o vinho, meu Deus, foi o vinho...

Talvez tenha sido a garrafa de "Chateau Petrus" de 1947, que custou 17.500 dólares. O certo é que, depois de gastarem 63.000 dólares em bebidas finas num único jantar num restaurante chique de Londres, seis executivos do Barclays Bank, estão agora com uma tremenda "ressaca". Ao ter conhecimento da noitada, o Banco demitiu cinco e perdoou um por ser novo no Banco. Eles pagaram a conta do próprio bolso, mas o Barclays entendeu que a exorbitância seria péssima para a imagem de um Banco que despediu 40.000 empregados no ano passado, num programa de reestruturação com contenção de custos. Há quem diga que os executivos farristas só perderam o emprego por terem tentado recuperar parte das despesas com a apresentação de notas falsas a título de "despesas com clientes"...
No jantar em questão, no Petrus, um dos restaurantes mais caros de Londres, a comida foi mero acessório. Os executivos festejavam uma gorda comissão, beberam cinco garrafas de vinho de preço exorbitante. Três eram "Chateau Petrus Pomerol", da região francesa de Bordeaux. O mais caro, do ano de 1947, custou 17.500 dólares. Os outros dois, de 1945 e 1946, custaram 16.500 dólares e 13.400 dólares respectivamente. Beberam também o vinho de sobremesa "Chateau d'Yquem 1900" de 13.100 dólares e um branco de preço mais modesto, "Le Montrachet 1982", pela módica quantia de 2.100 dólares (baratito). O gerente do restaurante ficou tão encantado (até lhes deve ter kissed the ass) que nada cobrou pela comida (560 dólares).