sexta-feira, outubro 15, 2004

Beijos na boca

Não se sabe como surgiu o primeiro beijo da humanidade. As referências mais antigas aos beijos foram esculpidas por volta 2.500 a.C. nas paredes dos templos de Khajuraho, na índia.

Entre os persas, na Antiguidade, os homens trocavam beijos na boca. Mas só pessoas do mesmo nível o faziam. Se um dos homens fosse considerado hierarquicamente inferior, o beijo deveria ser dado no rosto.

Até à segunda metade do século IV a.C., os gregos só permitiam beijos na boca entre pais e filhos, irmãos ou amigos muito próximos. O filósofo Platão declarava "sentir gozo ao beijar".

Os romanos tinham 3 tipos de beijos: o basium , trocado entre conhecidos; o osculum, dado apenas entre amigos íntimos; e o suavium, que era o beijo dos amantes. Os imperadores romanos permitiam que os nobres mais influentes beijassem seus lábios, enquanto os menos importantes tinham de beijar suas mãos. Os súbditos podiam beijar apenas seus pés.

Para assustar seus filhos pequenos, as mães da Indochina francesa ameaçavam lhe dar "um beijo de homem branco".

No período da Renascença, o beijo na boca era uma forma de saudação muito comum.
Na Inglaterra, ao chegar na casa de alguém, o visitante beijava o anfitrião, sua mulher, todos os filhos e até mesmo o cão e o gato.

Em muitas tribos africanas, os nativos reverenciavam o chefe beijando o chão que ele pisava.

Na Escócia antiga, o padre beijava os lábios da noiva no final da cerimónia de casamento. Dizia-se que a felicidade conjugal dependia dessa benção em forma de beijo. Depois, na festa, a noiva deveria circular entre os convidados a beijar todos os homens na boca, que em troca lhe davam dinheiro.

Na Rússia, uma das mais altas formas de reconhecimento oficial era um beijo do czar.

No século XV, os nobres franceses podiam beijar qualquer mulher que quisessem. Na Itália, por outro lado, se um homem beijasse uma donzela em público, naquela época, era obrigado a casar-se com ela imediatamente.

Beijo francês é aquele em que as linguas se entrelaçam. Também é conhecido como beijo de língua. A expressão foi criada por volta de 1920. Na França, o beijo francês é conhecido por beijo inglês.

Na linguagem dos esquimós, a palavra que designa beijar é a mesma que serve para dizer cheirar. Por isso no chamado "beijo de esquimó", eles esfregam os narizes.

Em 1909, um grupo de americanos que consideravam o contacto dos lábios prejudicial à saúde criou a Liga Antibeijo.

Boatos no final do século XIX atribuíam à estátua do soldado italiano Guidarello Guidarelli, obra do século XVI assinado por Tullio Lombardo, o poder de arranjar casamentos fabulosos a todas as mulheres que a beijassem. Desde então, mais de 7 milhões de bocas já tocaram a escultura em Veneza.

Por causa do chefe da polícia de Tóquio, que achava o acto de beijar sujo e indecoroso, foram apagados dos filmes norte-americanos mais de 243.840 metros de cenas de beijos.

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Tudo isto para quê? Pá, acordei beijoqueira!
Portanto, considerem-se todos osculados, não
na boca que isso é só para o Robin, mas numa
face...
Ah, a foto é do Xupacabras

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