terça-feira, novembro 02, 2004

Bancos caseiros de esperma

Uma equipa de investigadores da Arábia Saudita diz que é possível armazenar esperma em casa, secá-lo ao ar, como quem seca as meias, e depois usá-lo sem que perca as suas características essenciais.

Daniel Imoedemhe, do Centro de Reprodução Assistida de Jeddah, contou em Madrid, durante a reunião anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, que as críticas de outras equipas consistiam em dizer que, secos naturalmente, os espermatozóides perdiam a mobilidade e logo seriam inaptos para conquistar e perfurar o óvulo. Mas Imoedemhe diz que usando o método de injecção intracitoplasmática - que consiste em dar uma boleia ao espermatozóide, com uma agulha muito fina, até dentro do óvulo -, a falta de mobilidade deixa de representar um problema.

A equipa defende que a conservação em câmaras de azoto líquido, dispositivos muito caros, pode ser substituída por uma secagem do esperma à temperatura ambiente, salvaguardando apenas o contágio com poeiras e corpos estranhos. Depois da secagem, uma passagem pelo frigorífico de casa. As características genéticas, que é aquilo que interessa, permanecem intactas. Para provar isso, Imoedemhe e o seu grupo fertilizaram 24 óvulos, sendo que dois deles desenvolveram dois blastocistos saudáveis, ou seja, dois embriões até ao quinto ou sexto dia de desenvolvimento.

Atenção: Não repitas isto em casa...

Sign by Danasoft - Layouts and Images