sexta-feira, julho 30, 2004

O Senhor Prior

Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Sentença proferida em 1487 no processo contra o prior de Trancoso
(autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5.º, maço 7)
"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime de que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas, da própria mãe teve dois filhos.
Total: Duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres.

El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou põr em liberdade aos dezassete dias do mês de Março de 1487 e guardar no Real arquivo da Torre do Tombo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo".

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Portanto, foi em Trancoso que nasceu aquela
música:
"Na minha aldeia, não há ódios nem intrigas,
tem-se amor pela vida alheia, todos são primos
e primas..."

Estou por aí a ver uns semblantes masculinos
carregaditos...

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